A revista Gitarzysta entrevistou Taylor, que contou sobre o novo trabalho e muito mais!
Qual direção vocês pretendiam tomar com o novo álbum?
Para ser honesto, não tínhamos idéia no inicio (risos). Antes de começar a fazer alguma coisa você mal consegue escrever uma frase decente sobre isso.Quando estávamos nos preparando para trabalhar no álbum, tentamos escrever músicas que fossem parecias com as do nosso terceiro álbum. No entanto, percebemos que não era uma boa idéia, então nos permitimos ser criativos. Agora quando escuto essas músicas, cada uma delas me surpreende porque soam diferente. Acho que não sabíamos que tipo de disco estávamos escrevendo até que estivesse pronto.
Você disse que ficou surpreso com o resultado final do som do álbum.Qual é a idéia do álbum?
O fato de ser uma álbum auto-intitulado diz muito. É um marco para nós, nos separa de todas as coisas pelas quais passamos como uma banda durante os últimos anos. Agora estamos convencidos que isso é o que o Paramore sempre teve de ser.
Isso é interessante considerando o fato que após eu ouvir as músicas, imediatamente pensei que soavam mais pop, não rock. O que podemos esperar do produto final?
Pessoalmente, eu não acho que nosso novo single (Now) seja pop. O mesmo com o resto do álbum. Se alguém tiver essa impressão, tudo bem, não me importo. Isso depende do que você espera deste álbum. Como ele soa é um resultado do lugar que nós e nossas inspirações situam-se agora. Você encontrará músicas com as quais poderá dançar, coro gospel e instrumentos de cordas. Também acho que há algumas músicas pesadas e algumas boas baladas -isso é um resultado de nossa personalidade musical diversa.
Você mencionou a música "Now". Por que escolheram-a para ser um single?
Nós somos apegados a todas as músicas mas mesmo durante a produção tínhamos a impressão que essa música resume tudo que temos a oferecer agora. É uma conexão do nosso passado com nosso presente.Não queremos que as pessoas esqueçam que somos sobre tudo uma banda de rock.
Quantas músicas há no disco?
17 faixas. 14 músicas e 3 músicas bônus.
Já se passou bastante tempo desde o ultimo álbum de vocês.Vocês sentiram alguma pressão sobre o novo album depois de tanto tempo?
Sobre todo novo álbum há uma pressão em criar o melhor até o momento. Ninguém entra no estúdio querendo fazer um álbum comum. Eu espero que as pessoas apreciem nosso trabalho e gostem desse álbum como gostamos. O tempo não é realmente o problema aqui.
Você pode descrever o processo de escrita desse álbum?
Sobre tudo, estávamos trabalhando em uma atmosfera criativa.Nunca havíamos experimentado isso. No estúdio haviam somente nós e os instrumentos. Nós estávamos abertos a todas idéias que viessem em nossas mentes e as trouxemos a vida.A cooperação do JMJ nos ajudou muito.Ele sabia o que estava fazendo e nós tiramos muito proveito disso. Muitas dessas experiências acabaram fazendo parte do nosso álbum e é por isso que soa melhor do que qualquer coisa que já tenhamos gravado antes.
Depois que Zac e Josh saíram, vocês acharam que seria o fim do Paramore?
No primeiro momento estávamos muito confusos. Estávamos muito fechados. Estávamos acostumados com as coisas como eram. Somente alguns meses depois da separação nós percebemos o quanto felizes estávamos sem eles na banda.A diferença entre antes e agora, é que realmente queremos estar na banda e tocar juntos. Quantas menos pessoas na cozinha mais delicioso o prato é.
Você pode me dizer o que não estava dando certo na banda antes?
Ambos os lados queriam coisas diferentes. Começamos a tocar juntos quando éramos crianças. O tempo foi passando e fomos crescendo.Nossas metas e prioridades tinham mudado -você não pode escapar disso. Zac e Josh não queriam mais fazer parte do Paramore, não havia um modo de os forçar a ficar.
Você mantém contato com ele?
Eu e o Zac sempre seremos melhores amigos. A separação não mudou isso. Mas eu só posso falar por mim mesmo. O tempo cura, e cada um precisa de um tempo diferente para lidar com isso.
Vocês perderam dois músicos, quanto tempo tomou para se acostumar a ser um trio?
Eu acho que ainda estamos nos adaptando a isso. Eu não me lembro de nenhuma conversa séria sobre isso. A gente só pegou os instrumentos e saímos por ai. Não demorou muito tempo para nos acostumarmos a isso. Talvez não seja muito conveniente, mas aprendemos a lidar com isso. Quando tocamos ao vivo meu irmão se junta a nós e dá tudo certo.
Que tipo de guitarra você esta usando agora?
Eu continuo usando minha Jazzmasters da Fender de costume. Recentemente eu estive usando os novos conversores deles e agora soa bem melhor. Eu uso a Gibson Midtown com dois P90 também, e nesse novo álbum eu a usei muito.Você também pode ouvir que há uma Rickenbacker interessante, que eu achei em algum lugar por ai. E sobre os conversores eu já mencionei P90 e Humbuckery.
O que você vai levar em turnê com você então?
Ainda não sei. Ainda não tivemos tempo para pensar nisso. Tenho que conferir algumas coisas antes que eu escolha.Mas não acho que mudarei o equipamento que normalmente levo em turnê.
Descreva o papel que cada um tem na banda? Quem escreve as músicas?
Durante o processo de escrita do álbum Hayley foi responsável pela letra e eu escrevi a música. Tudo começou a dar certo quando nos sentamos juntos e discutimos as idéias. Quando se trata das primeiras idéias e estruturas a responsabilidade cai definitivamente sob meus ombros.(risos)
E como você carregou esse fardo? (risos)
Para falar a verdade eu não tinha idéia do que estava fazendo (risos). Ás vezes é assustador, as vezes se encaixa perfeitamente com quem somos agora. Eu tento sempre trazer algo novo e não ficar preso a um gênero musical. Eu estava em pânico, mas assim que percebi que realmente não tinha escolha, eu comecei a trabalhar e escrever a música. Pelo menos eu espero que seja o que eu tenho feito (risos).
Por onde vocês farão turnê esse ano?
Até onde eu sei estaremos em turno 260 dias, então estaremos viajando ao redor do mundo! Eu não tenho certeza para onde estaremos indo, mas tocaremos um show na Polônia, então os verei em breve!
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