quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

ENTREVISTA DO PARAMORE PARA A "MY ROCK"!


Paramore: faíscas nos olhos
Paramore abre um novo capítulo em sua história com o quarto álbum, auto-intitulado, anunciado para 9 de Abril. Nós nos encontramos com o trio no meio de Dezembro em Paris para uma entrevista exclusiva.
Por Jack Vicennes – Photos Manon Violence
Depois de tudo o que aconteceu, nós tínhamos algumas coisas pra por pra fora. Foi a partir daí que nós escrevemos músicas e vimos o fim do túnel. E agora que o álbum está finalizado, nós nos perguntamos como fizemos para não duvidar em nenhum momento. Esse é o álbum que tínhamos que fazer, que nós sempre sonhamos em fazer.
Quando Josh e Zac deixaram a banda, tivemos que parar a máquina, dar um passo para trás e isso nos machucou. Nós estávamos a toda velocidade, tudo corria bem, a audiência amava as nossas músicas e nossos shows, e, durante a noite, nos encontramos duvidando de nosso futuro. Foi muito difícil de lidar porque sabíamos que nós tocamos muitas pessoas, nós temos verdadeiros fãs. Eles foram parte de nossas vidas e nós fomos parte da vida deles. Estamos mais felizes de retornar com um álbum no qual há muitas músicas, dando a eles um longo álbum para agradecer por sua paciência e talvez tocá-los um pouco mais novamente. Eu espero que, de qualquer forma, esse álbum mostre às pessoas que nós temos muito para dar, mas ainda não tínhamos percebido isso.
T.Y: Sim, é verdade. Nós conversamos com muitos produtores de prestígio, para o novo álbum, mas o encontro com o Justin foi muito especial. Ficamos muito tocados pela sua sensibilidade. Nos sentimos em harmonia com ele. Nós queríamos alguém que realmente se envolvesse na produção deste álbum, alguém que iria colocar suas mãos nisso com a gente. Uma das primeiras coisas que ele disse foi: “Não tenho interesse em trabalhar neste disco se não for para me investir nele por completo. Eu quero fazer um trabalho que eu gostaria de ouvir. Caso contrário, não há nenhum ponto a ele.”. Este é o tipo de coisa que todos os músicos querem ouvir. Nós precisávamos disso.

T.Y: Sim, é verdade. Nós conversamos com muitos produtores de prestígio, para o novo álbum, mas o encontro com o Justin foi muito especial. Ficamos muito tocados pela sua sensibilidade. Nos sentimos em harmonia com ele. Nós queríamos alguém que realmente se envolvesse na produção deste álbum, alguém que iria colocar suas mãos nisso com a gente. Uma das primeiras coisas que ele disse foi: “Não tenho interesse em trabalhar neste disco se não for para me investir nele por completo. Eu quero fazer um trabalho que eu gostaria de ouvir. Caso contrário, não há nenhum ponto a ele.”. Este é o tipo de coisa que todos os músicos querem ouvir. Nós precisávamos disso.
Comentários:
Mesmo com o álbum “Paramore” sendo lançado daqui há dois meses, nós já tivemos a oportunidade de ouvir quatro músicas!
Pura eficácia e persistência.


- Fazia muito tempo que não víamos vocês na França! Feliz por voltar à Paris?
Hayley Williams: Oh sim! Eu queria que pudéssemos passar mais tempo para aproveitar a cidade, mas eu estou feliz especialmente por estar de volta com a banda, nós podemos continuar de onde paramos.
Taylor York: Paris é um dos meus lugares preferidos no mundo então você pode ter certeza de que na próxima vez eu tentarei passar um bom tempo!
H.W: Eu quero muito ir a uma padaria lá imediatamente. Eu mataria por um pequeno pão doce (risadas). Mas, ei, nós temos um ótimo serviço de quarto então não vamos reclamar (risadas).
- Mais do que sobre doces, vocês estão aqui para falar sobre música…
T.Y: Sim… eu ainda acho difícil perceber que estamos de volta. Faz muito tempo… quero dizer, nós sabíamos que continuaríamos a fazer música juntos, o que quer que acontecesse, mas eu não pensava que hoje estaríamos em frente a você tentando defender um álbum do qual estamos muito orgulhosos, que nós encontraríamos fé tão rapidamente. Nós estamos felizes por começar de novo com uma boa base.
H.W: Com certeza. Foi obviamente um período difícil. Nós estávamos preocupados em parar tudo. É como em todas as outras coisas, você acorda algumas vezes dizendo que tudo vai ficar bem e outros dias vocês apenas quer desistir de tudo. Nós tivemos um momento muito instável, durante o qual nós não fomos capazes de dizer claramente o que queríamos. Nós olhamos e chegamos à mesma conclusão: nós queríamos estar no Paramore, continuar fazendo esse trabalho.
- Os fãs do Paramore também foram muito compreensivos. Isso é importante ou é algo que realmente não se presta a atenção quando se está em uma situação difícil?
Jeremy Davis: Oh, sim, é muito importante. Nossos fãs nos trouxeram muito longe, nós devemos tudo a eles. Às vezes é perigoso desaparecer por muito tempo. Nós estávamos preocupados que eles nos esquecessem (risadas). Isso é algo realmente assustador. Mas eles foram ótimos, eles sempre nos apoiaram. Nós tentamos ser tão presentes quanto pudemos, na internet, para nos comunicarmos com eles, mas ainda levou um bom tempo para estar realmente de volta. Sentimos que eles tão entusiasmados quanto nós, é incrível.
- Raras foram as bandas de rock da nova geração a tocar tantas mentes, isso certamente explica a lealdade do público.
H.W: Ual, é muito gratificante ouvir esse tipo de comentário, obrigada… eu acho que desde nossa estréia, nós vivemos em uma espécie de sonho. Nós sempre quisemos ser uma banda importante, uma formação que tivesse impacto nas pessoas.
- Artisticamente, o que vocês foram capazes de tirar desse período extremamente difícil?
H.W: Eu não sei sobre vocês, mas para mim, o medo de perder tudo me inspirou bastante, tanto nas minhas palavras ou no meu estado de mente. Eu acho que eu estaria realmente perdida se eu não tivesse Taylor e Jeremy ao meu lado. E com o apoio dos fãs, nós nos forçamos a dar o nosso melhor, apesar de todos os rumores desagradáveis que nós lemos na internet. Acredite em mim, nós sobrevivemos à tantas coisas… e eles sempre estiveram lá, conosco. Não só usando uma camiseta do Paramore na escola, mas defendendo com coração e alma. Tudo isso nos deu a motivação para compor um bom álbum.
J.D: Sim, é um sentimento muito bom, ter terminado esse álbum (risos). Sinceramente, quando nós começamos a gravar, não sabíamos realmente aonde isso ia nos levar, ou o que seria o resultado final. Além disso, nós nunca estivemos tão juntos e unidos. No final, essa pausa nos deu a melhor coisa. O álbum é ótimo, nós nos sentimos prontos novamente, renovados e entusiasmados.
- Sem mencionar o novo começo, nós ainda sentimos que vocês redefiniram a banda, a sua identidade e ambições…
H.W: Sim, claro. Era o tempo de começar a fazer as perguntas certas. Pensei sobre isso outro dia, eu me perguntava o que poderia ter nos levado tão longe, se não estes tipos de eventos infelizes e às decisões que tivemos de tomar… hoje eu acho que, sem isso, nós não teríamos conhecido a super confiança que evitou o fim da banda como um todo. Para continuarmos vivos, nós tivemos que nos reformular. Foi uma boa desculpa para mudar (risos). E, além disso, desde que  voltamos como um trio, nossos fãs esperam, inevitavelmente, alguma coisa diferente. E isso é normal, porque nós não agimos como antes. Taylor é agora o único guitarrista e ele tem seu próprio estilo, sua própria personalidade, que as pessoas não capturaram, necessariamente, nos álbuns anteriores. Jeremy está mais envolvido do que nunca, na escrita. Todos esses detalhes são importantes, porque cada um se expressa de uma forma diferente.
J.D: Sim, até nas músicas mais pesadas e elaboradas, você pode ouvir cada toque.
H.W: Você nunca poderia perceber isso se não fossemos só nós três.
J.D: Levamos bastante tempo para chegar ao nosso som atual, que melhor se adéqua a nós. Apenas descobrimos a nós mesmos fazendo esse álbum. Eu espero que nos leve muito além.
- Como a nova química foi construída entre vocês?
J.D: Nós não pensamos sobre isso, apenas agimos (risos).
T.Y: Obviamente, quando você fala sobre um novo começo como esse, existem reavaliações. Mas há algumas coisas que não podem ser explicadas, que acontecem naturalmente durante o processo. Nós estamos sempre mudando, na verdade, ainda há alguns ajustes a serem feitos, peças que ainda não acharam seu lugar no quebra-cabeças. É engraçado, porque nos sentimos muito bem e um pouco perdidos ás vezes (risos). De qualquer forma, nós sentimos uma real liberdade no processo desse novo álbum. Pessoalmente, essa é primeira vez que eu me sinto um artista de verdade. Tivemos mais espaço para experimentar.
- Pode ser também excitante para um artista sentir um pouco de insegurança…
H.W: Completamente, algumas vezes nós até tivemos essa impressão, de que nós realmente estamos começando de novo. Como se cada um tivesse se juntado a banda agora e tivesse tentando achar seu espaço. Eu acho que, voltar a essa etapa, foi o principal motor desse álbum.
T.Y: É impossível desenhar um linha sobre o passado, esquecer a banda que eramos antes, mas ao mesmo tempo nós tentamos mudar uma página, e percebemos que o que queríamos oferecer às pessoas, estava dentro de nós desde o começo.
-Antes de começar a escrever o novo álbum, vocês lançaram o EP “The Singles Club”, que acabou sendo um bom resumo de sua discografia passada. Foi uma maneira de fechar o capítulo de uma vez por todas?
T.Y: Isso é muito verdadeiro. Primeiramente nós queríamos fazer estas poucas canções e mostrar para os fãs que nós sempre estivemos lá, motivados para continuar, mas acabamos fazendo músicas bastante diferentes umas das outras porque o nosso novo álbum é muito diversificado. É verdade que foi uma boa maneira de seguir em frente.
- Então vocês entraram para o estúdio com Justin Meldal-Johnsen, conhecido por seu trabalho com o Nine Inch Nails ou Beck. Uma escolha que pode surpreender…

Now: Rápida e cativante, com um refrão de muito rock, a primeira música deixa uma marca com sua grande produção e suas guitarras bem destacadas. É dessa música que vem a letra ‘Se há um futuro, nós o queremos agora”, e que você pode ler na página do Facebook oficial do Paramore.
Last Hope: Na tradição do pop-rock, podemos perceber a partir desta segunda canção, os versos em que a voz cristalina de Hayley combina perfeitamente com os sons limpos de guitarras e teclados, a rodada de baixos e pop do Jeremy, e o refrão poderoso e triturador. “Isso é apenas uma faísca, mas é o suficiente para me manter seguindo em frente”,  onde Hayley lança em um momento de esperança.
Still Into You: Muito mais pop, este terceiro título tem dois truques de guitarra que nós não conseguimos tirar das nossas cabeças. O som é rock, o coro está dançando.
Ain’t It Fun: Deixou uma marca pela sua introdução de riffs bastante pop, esta última canção, pelo que podemos entender, não é remanescente da banda ‘Fun’, colegas de gravadora e grandes amigos do Paramore… pesada e ambiciosa, essa música também tem um coral gospel, e isso foi, sem dúvida, o que mais nos surpreendeu.

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