Pergunta&Resposta: Hayley Williams sobre o próximo capítulo do Paramore
‘É claro que foi péssimo quando tudo estava caindo aos pedaços’ diz a vocalista
‘É claro que foi péssimo quando tudo estava caindo aos pedaços’ diz a vocalista
por PATRICK DOYLE, 9 de Janeiro.
Têm sido dois anos duros para o Paramore: os membros fundadores Josh Farro (guitarra) e Zac Farro (bateria) deixaram a banda em dezembro de 2010 com uma nota online hostil, alegando que a banda foi um “produto manufaturado de uma grande gravadora”. A vocalista Hayley Williams seguiu em frente, indo rumo a Los Angeles com o guitarrista Taylor York e o baixista Jeremy Davis, com o produtor Justin Meldal-Johnson (Beck, Garbage), para seu quarto LP, Paramore, (09 de abril), as suas primeiras músicas desde Brand New Eyes, de 2009.
Neste novo P&R, Williams e o guitarrista Taylor York disseram à Rolling Stone que a banda quase acabou completamente. “Havia definitivamente alguns dias em que eu acordava e achava que seria tão fácil publicar algum tipo de carta dizendo que havíamos tido uma boa jornada”, diz Williams. “E então haviam os dias em que você acordaria e teria uma música em sua cabeça e saberia que há um propósito.”
Musicalmente, para onde você quer ir depois do Brand New Eyes?
Haley Williams: Aquele tempo todo para a nossa banda foi uma temporada obscura. Foi emocionalmente desgastante, e naquela época cheguei a um ponto em que nós estávamos indo começar a escrever, em que nós só queríamos realmente aproveitar o processo de fazer um álbum, de fato, apenas apreciar a realidade de que nós estamos em uma banda e que nossos sonhos se tornaram realidade. Você sabe, nós deveríamos estar felizes com isso tudo. Então eu acho que isso foi o mais importante para nós, e nós realmente não sabíamos como isso se manifestaria através da música, mas aconteceu.
Haley Williams: Aquele tempo todo para a nossa banda foi uma temporada obscura. Foi emocionalmente desgastante, e naquela época cheguei a um ponto em que nós estávamos indo começar a escrever, em que nós só queríamos realmente aproveitar o processo de fazer um álbum, de fato, apenas apreciar a realidade de que nós estamos em uma banda e que nossos sonhos se tornaram realidade. Você sabe, nós deveríamos estar felizes com isso tudo. Então eu acho que isso foi o mais importante para nós, e nós realmente não sabíamos como isso se manifestaria através da música, mas aconteceu.
Você achou em algum momento que o Paramore fosse acabar?HW: Haviam esses dias para mim. Eu sempre quis ser uma parte do Paramore, mas eu não sabia – “Isso é uma realidade? Será que estou brincando comigo mesma?” Foi apenas cansativo, eu acho. Éramos todos amigos, crescemos juntos, e aquilo que foi o mais decepcionante… aquilo estragou mais do que quaisquer coisas profissionais da carreira da banda. Quero dizer, é claro que estragou, mas quando tudo começou a cair aos pedaços entre o Brand New Eyes e o processo deste álbum, haviam definitivamente alguns dias em que eu acordava e achava que seria tão fácil publicar algum tipo de carta dizendo que havíamos tido uma boa jornada, e ir, tipo, arranjar um emprego servindo café ou fazendo algo normal. Talvez isso tivesse sido menos estressante.
E então houveram os dias em que eu acordava e tinha uma música em minha cabeça e eu sabia que há um propósito e que existe liberdade em ser músico e artista, e aí você fica agradecido. Assim como na vida de todas as pessoas, existem os altos e baixos e também os momentos de dúvida, mas existe algo por trás de nossas mentes que não nos permite desistir.
Foi surpreendente para vocês o jeito que dois caras que vocês cresceram junto, que começaram a banda com vocês, simplesmente se afastassem?
HW: Taylor?
Taylor: Eu acho que fazia algum sentido. Eles sabiam que o final da temporada estava por vir, mas acho que o jeito que as coisas aconteceram foi uma surpresa. Eu não acho que esse tipo de separação ou rompimento é de alguma forma fácil ou que isso nunca vem sem confusão de alguma forma, mas eu não acho que sabíamos que isso seria tão louco e tão dramático. Então foi surpreendente. Mas aquilo foi meio o que era pra ser. Eu acho que por um longo tempo que realmente nos afetou, e parecia que não poderíamos fugir disso, e era o que todos queriam conversar sobre. Conforme o tempo passava, fomos capazes de apenas nos separarmos disso e deixá-lo no passado e seguir tipo “Você sabe, aquilo realmente era ruim”. Mas eu acho que há um futuro esperando por nós. Vamos seguir em frente ao invés de estacionar neste tipo de drama de ensino médio.
Foi surpreendente para vocês o jeito que dois caras que vocês cresceram junto, que começaram a banda com vocês, simplesmente se afastassem?
HW: Taylor?
Taylor: Eu acho que fazia algum sentido. Eles sabiam que o final da temporada estava por vir, mas acho que o jeito que as coisas aconteceram foi uma surpresa. Eu não acho que esse tipo de separação ou rompimento é de alguma forma fácil ou que isso nunca vem sem confusão de alguma forma, mas eu não acho que sabíamos que isso seria tão louco e tão dramático. Então foi surpreendente. Mas aquilo foi meio o que era pra ser. Eu acho que por um longo tempo que realmente nos afetou, e parecia que não poderíamos fugir disso, e era o que todos queriam conversar sobre. Conforme o tempo passava, fomos capazes de apenas nos separarmos disso e deixá-lo no passado e seguir tipo “Você sabe, aquilo realmente era ruim”. Mas eu acho que há um futuro esperando por nós. Vamos seguir em frente ao invés de estacionar neste tipo de drama de ensino médio.
HW: Eu não acho que Taylor poderia ter explicado isso melhor. O fato de que dois rapazes deixaram a banda e então decidirmos não desistir e depois, um ano mais tarde, escrever o que para mim é o nosso melhor álbum? Tudo acontece por uma razão, por mais clichê que pareça, eu não posso me dar ao luxo de olhar para isso de uma forma diferente.
Como você acha que tudo o que a banda passou saiu nas novas músicas?
HW: Eu sei como isso soou musicalmente, porque eu estava assistindo ao Taylor chegar a todos esses riffs e essas coisas que você nunca será capaz de ouvi-lo expressar inteiramente, porque por mais que Taylor toca a guitarra solo no palco você não pode realmente ouvir a sua personalidade, porque há um monte de guitarras no palco. Então para mim era muito divertido escrever esse álbum com ele, porque eu acho que antes este álbum, a última vez que nós nos sentamos em um lugar sozinhos e escrevemos uma música juntos foi quando tínhamos 12 e 13 anos de idade. De repente eu vejo esse cientista maluco saindo dele, e ele apenas se tornaram realmente um produtor incrível também. Ele estava fazendo todas as nossas demos e todas as nossas faixas e estava ótimo. Pela primeira vez eu não estou brava em todas as músicas, eu não estou cuspindo letras. Eu estou cantando a letra e é legal. Me sinto bem. E claro, ainda tem as músicas as quais eu cavo nos assuntos de, você sabe, questões de, eu não sei, dor, e assuntos do coração e mais coisas introspectivas, mas eu estava preparada para olhar para isso de uma nova forma. Eu não sinto mais como se estivesse lá, parada, gritando para uma parede. Foi tão saudável de escrever.
HW: Eu sei como isso soou musicalmente, porque eu estava assistindo ao Taylor chegar a todos esses riffs e essas coisas que você nunca será capaz de ouvi-lo expressar inteiramente, porque por mais que Taylor toca a guitarra solo no palco você não pode realmente ouvir a sua personalidade, porque há um monte de guitarras no palco. Então para mim era muito divertido escrever esse álbum com ele, porque eu acho que antes este álbum, a última vez que nós nos sentamos em um lugar sozinhos e escrevemos uma música juntos foi quando tínhamos 12 e 13 anos de idade. De repente eu vejo esse cientista maluco saindo dele, e ele apenas se tornaram realmente um produtor incrível também. Ele estava fazendo todas as nossas demos e todas as nossas faixas e estava ótimo. Pela primeira vez eu não estou brava em todas as músicas, eu não estou cuspindo letras. Eu estou cantando a letra e é legal. Me sinto bem. E claro, ainda tem as músicas as quais eu cavo nos assuntos de, você sabe, questões de, eu não sei, dor, e assuntos do coração e mais coisas introspectivas, mas eu estava preparada para olhar para isso de uma nova forma. Eu não sinto mais como se estivesse lá, parada, gritando para uma parede. Foi tão saudável de escrever.
O sucesso enorme de “Airplanes” [hit pop de 2010 de BoB com Williams] foi uma surpresa para você?
HW: Sim, aquilo foi uma surpresa total. Quando eu ouvi a música eu a amei. Eu senti como “Wow, isso realmente pode ser alguma coisa”, e os meninos estavam tipo “Wow, você precisa fazer isso, radicalizar”. E simplesmente deu certo. Eu amo B.o.B, e esse tipo de parceria pareceu dar certo perfeitamente, e a música era divertida de cantar. Isso não poderia ter sido a melhor festa de musical para aquela cena toda. Eu me senti amada e aceita. Foi legal.
HW: Sim, aquilo foi uma surpresa total. Quando eu ouvi a música eu a amei. Eu senti como “Wow, isso realmente pode ser alguma coisa”, e os meninos estavam tipo “Wow, você precisa fazer isso, radicalizar”. E simplesmente deu certo. Eu amo B.o.B, e esse tipo de parceria pareceu dar certo perfeitamente, e a música era divertida de cantar. Isso não poderia ter sido a melhor festa de musical para aquela cena toda. Eu me senti amada e aceita. Foi legal.
Você se vê fazendo mais do que coisas no futuro, como um artista solo?
HW: Hum, eu não sei. Depende do que está por vir. Especialmente com esse álbum, eu acho que nós todos começamos a ver como somos versáteis como uma banda, e talvez em áreas que nós não estávamos dispostos a nos abrir. Nós praticamente deixamos nós mesmos tentar essas coisas. Isso só depende do que está por vir. Eu estou definitivamente aberta para qualquer coisa que me inspire, então isso só depende de algumas coisas. Eu definidamente não sinto como se isso pudesse causar um hiato ou coisas do tipo com nossa banda. Eu acho que nós nos apoiamos em nossas pequenas aventuras.
HW: Hum, eu não sei. Depende do que está por vir. Especialmente com esse álbum, eu acho que nós todos começamos a ver como somos versáteis como uma banda, e talvez em áreas que nós não estávamos dispostos a nos abrir. Nós praticamente deixamos nós mesmos tentar essas coisas. Isso só depende do que está por vir. Eu estou definitivamente aberta para qualquer coisa que me inspire, então isso só depende de algumas coisas. Eu definidamente não sinto como se isso pudesse causar um hiato ou coisas do tipo com nossa banda. Eu acho que nós nos apoiamos em nossas pequenas aventuras.
Eu ouvi muita influência pop nesse álbum.TY: É, nós falamos sobre isso um monte recentemente, mas foi engraçado desenvolver esse álbum, eu acho, perceber de onde nós viemos e por quê os fãs se identificaram com a gente no passado – Eu acho que nós estávamos tão focados nisso, que eu tentava escrever só esse tipo de música do Paramore, como se eu usasse a fórmula Paramore e tentasse escrever tipo, esses riffs pesados de guitarra… Eu estava muito focado em escrever daquela maneira, então eu levava esses conceitos de música à Hayley e ela ficava tipo “É, é legal, mas sei lá” e então com algo aleatório que eu tinha escrito para mim mesmo, disse para ela “você não iria gostar disso em um bilhão de anos” e era com isso que ela se conectava. Eu não acho que nós sabíamos que iríamos escrever músicas super pop e dançantes, mas simplesmente aconteceu. Foi muito assustador, mas muito legal.
Quanto tempo levou para vocês se acostumarem com a nova formação?HW: Bom, algo que foi muito bom para nós, foi que nós fizemos uma mini turnê. Nós fomos para a América do Sul. Fizemos algumas coisas em outros continentes e alguns shows na Warped Tour. Nós meio que nos jogamos. Não tivemos muito tempo para apenas sentar e lamentar ou pensar muito sobre isso. Nós três apenas fizemos nosso trabalho e fizemos funcionar. Sem contar que a gente também não tinha umas pausas estranhas de vez em quando, porque nós tínhamos que nos acostumar com essa nova versão de como nós éramos como uma banda. Causou meio que uma crise de identidade em nós três. Foi tipo, “Vamos lá. Vamos apenas seguir em frente.”
Eu sei que Josh Freese fez umas turnês com vocês. Vocês já decidiram um baterista?HW: Hm… Não.
TY: Depois de todas as mudanças e de todo o drama, nós apenas queremos ter certeza de que pelo menos nós três conseguiremos nos manter. Por enquanto, nós estamos meio que indo dia após dia e apenas tentando entender tudo. Nós temos amigos que vão tocar conosco, mas ainda não temos uma decisão concreta para um baterista. Meu irmão toca guitarra conosco, e meu amigo John toca guitarra e teclado, eu acho que eles serão permanentes, mas nós ainda estamos tentando resolver toda essa coisa de baterista.
Quando vocês pensam em fazer uma turnê completa?HW: Sinceramente, nós ainda estamos tentando decidir isso. Nosso álbum sai em abril. Eu diria que nós vamos começar a fazer turnês na primavera.
Vocês acham que finalmente acertaram uma formação que vai durar um tempo?HW: Bom, John e Justin estão tocando conosco há alguns anos. Quero dizer, você não vê eles nas fotos, e quem sabe se isso será algo que nós faremos no futuro, mas nossos fãs conhecem eles, eles são uma parte da nossa família de turnê. Literalmente par o Taylor – é o irmão dele no palco com ele. Então eles com certeza são algo permanente para nós. E quanto ao baterista, eu acho que ainda não encontramos a pessoa perfeita, mas quando nós encontrarmos, isso será algo que deveremos decidir. Para nós, fazer turnês é um estilo de vida em família de qualquer maneira – todo mundo que faz turnê conosco, nossa equipe, a maioria deles está com a gente há anos e anos. Nós gostamos disso. Nós gostamos que os nosso fãs conheçam o Riley, nosso técnico. Nós gostamos disso porque nós gostamos que essas pessoas saibam o quanto nós gostamos deles e o quanto nós damos valor a eles. Então eu não sei quanto ao baterista, mas todo o resto no acampamento Paramore, em relação a turnês, é bem permanente.
Vocês têm alguma relação com Josh e Zac agora? Vocês falam com eles?[Silêncio]
TY: O tempo é uma coisa linda, e nós estamos deixando ele fazer o trabalho dele.
rolling stone, entrevista, williams, paramore, hayley williams, taylor york, jeremy davis
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